Aspectos Clínicos da Prematuridade Extrema Parte II — Morbilidade e Mortalidade Pós-Neonatais

Authors

  • Gustavo Rocha
  • Alberto Rocha
  • Carmo Teixeira
  • Angelina Martins
  • Gorett Silva
  • Jorge Breda
  • Augusto Magalhães
  • Jorge Spratley
  • Beatriz Guedes
  • Júlia Guimarães
  • Hercília Guimarães

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2002.5188

Keywords:

Recém-nascido de extremo baixo peso, seguimento, morbilidade, desenvolvimento psicomotor

Abstract

Introdução: O aumento da sobrevivência de recém-nascidos de extremo baixo peso verificado nas últimas décadas associa-se a risco aumentado de perturbações do crescimento, sequelas neuromotoras, neurossensitivas e atraso no desenvolvimento psicomotor.

Objectivos: Avaliação do crescimento, desenvolvimento psicomotor e principais aspectos clínicos de um grupo de recém-nascidos de extremo baixo peso.

Material e Métodos: Avaliação do seguimento em consulta externa, pela análise dos processos clínicos e/ou avaliação clínica, de 37 recém-nascidos de extremo baixo peso admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de São João entre 01/01/1996 e 31/12/99. O tempo de seguimento variou entre um e quatro anos.

Resultados: Seis crianças (17%) mantiveram necessidade de oxigenoterapia no domicílio por um período médio de 6,3 meses, 10 (28%) apresentaram episódios recorrentes de pieira e cinco (14%) sofreram frequentes internamentos por dispneia. Treze (36%) crianças apresentaram má evolução estaturo-ponderal e em 3 (8%) o perímetro cefálico foi inferior ao percentil 5. Em 11 (31%) houve necessidade de correcção de patologia do foro cirúrgico. A incidência de alterações neuromotoras foi de 36% (n=13), de défice auditivo de 0% (n=0), de défice visual de 11% (n=3) e de atraso intelectual de 3% (n=1). Em 10 (28%) crianças foram detectadas sequelas neurológicas minor. O desenvolvimento psicomotor foi considerado normal ou no limite da normalidade em 29 (81%).

Discussão e Conclusões: Apesar da morbilidade observada neste grupo e do curto período de seguimento, salienta-se que 29 (81%) crianças apresentam desenvolvimento psicomotor normal ou próximo da normalidade, conseguido com apoio multidisciplinar.

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