Avaliação de Dor e Desconforto no Recém-nascido
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2003.5083Keywords:
dor, recém-nascido, escalas, avaliação de dor, desconfortoAbstract
Medir um fenómeno dinâmico, complexo e subjectivo como é a dor, não é uma tarefa fácil, especialmente naqueles cujo desenvolvimento psicomotor não lhes permite a sua comunicação verbal. A excelência no tratamento da dor, depende da sua avaliação sistemática através de instrumentos válidos para a sua medição.
Sendo a criação de uma nova escala e sua validação um processo complexo, moroso e oneroso, pretendeu-se utilizar entre nós a escala EDIN (Échelle Douleur Inconfort Nouveau-Né). Com esse objectivo foi feita a sua adaptação cultural e linguística e avaliado o seu grau de reprodutibilidade.
No Serviço de Neonatologia e Pediatria B do Departamento de Pediatria do Hospital de São João do Porto e Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Pediátrico de Coimbra foi avaliada a dor com a escala EDIN, ao mesmo RN, de forma simultânea e independente por três enfermeiros.
Num total de 31 observações o nível de concordância determinado pela média do coeficiente Kappa entre os três enfermeiros, foi de 0.843 para o rosto, 0.751 no corpo, 0.789 no sono, 0.860 na interacção e 0.876 no reconforto. O valor da concordância total foi de 0.980.
Os autores concluem que a aplicação da escala EDIN é rápida, simples e fácil e a sua concordância entre avaliadores excelente.