Aspectos Clínicos da Prematuridade Extrema Parte I — Morbilidade e Mortalidade Neonatais
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2002.5187Keywords:
Recém-nascido de extremo baixo peso, morbilidade, mortalidadeAbstract
Introdução: O aumento da sobrevivência dos recém-nascidos de extremo baixo peso verificado nas últimas décadas associa-se a elevadas morbilidade e mortalidade neonatais bem como a risco aumentado de sequelas neurológicas major e atraso no desenvolvimento psicomotor.Objectivos: Avaliação da morbilidade e mortalidade neonatais em recém-nascidos de extremo baixo peso.
Material e Métodos: Análise retrospectiva de 63 recém-nascidos de extremo baixo peso admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de São João entre 01/01/96 e 31/12/99.
Resultados: Em 27 (43%) mães foi ministrado ciclo completo de dexametasona antenatal, a taxa de cesariana foi de 52% (n=33), o peso ao nascer médio foi de 785 g e a idade gestacional média de 26,4 semanas. Em 60 (95%) recém-nascidos foi necessário suporte ventilatório, o tempo de ventilação médio foi de 22 dias, 55 (87%) desenvolveram Doença das Membranas Hialinas, 44 (70%) necessitaram de ministração de surfactante, 26 (41%) evoluiram para Doença Pulmonar Crónica da Prematuridade. A incidência de Sépsis foi de 70% (n=44), de Hemorragia Intraventricular de 51% (n=28), de Patência do Canal Arterial de 37% (n=23), de Enterocolite Necrosante de 22% (n=14) e de Retinopatia da Prematuridade de 11% (n=7). A mortalidade neonatal foi de 41% (n=26), sendo a Sépsis a principal causa.
Discussão e Conclusões: As elevadas morbilidade e mortalidade neonatais verificadas neste grupo incidiram principalmente nos recém-nascidos com peso ao nascer inferior a 800 g e/ou idade gestacional inferior a 27 semanas, o que permite colocar questões de ordem médica, ética e económica relativamente ao tratamento deste grupo de doentes.
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