Meningite Neonatal

Authors

  • E. Marques
  • L. Lopes
  • H. Guimarães
  • C. D'Orey
  • M. Mateus
  • A. Souto
  • N. Teixeira Santos

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.1998.5546

Keywords:

Meningite neonatal, sequelas neurológicas, morbilidade, mortalidade

Abstract

A meningite neonatal é uma situação preocupante para o neonatologista, pois pode condicionar o desenvolvimento de importantes sequelas neurológicas e elevada mortalidade.

O objectivo deste trabalho foi o de avaliar a incidência, morbilidade e mortalidade desta patologia na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de S. João.

Os autores realizaram uma revisão dos processos clínicos dos recém-nascidos com meningite neonatal, no período de 4 anos (1991 a 1994).

O diagnóstico baseou-se no quadro clínico e nas alterações observadas no líquido cefalo-raquidiano.

A meningite neonatal foi detectada predominantemente em recém-nascidos de termo e a sintomatologia foi precoce em cerca de metade dos doentes (51%).

Aproximadamente um terço dos recém-nascidos (31%) teve o diagnóstico confirmado laboratorialmente, por cultura, sendo a Pseudomonas aeruginosa o agente mais frequente (33%). Apenas em um recém-nascido se identificou o vírus Herpes simplex como causa de meningoencefalite.

A taxa de mortalidade, bem como a de sequelas neurológicas, na altura da alta, foi de 15%.

Na meningite neonatal é essencial fazer um diagnóstico rápido, iniciar terapêutica precoce e fazer tratamento de suporte adequado com o objectivo de reduzir quer a mortalidade quer o estabelecimento de lesão neurológica irreversível.

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