Choque Séptico no Recém-Nascido. Experiência da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de São João

Authors

  • C. Tavares
  • F. Carvalho
  • A. Martins
  • H. Guimarães

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5506

Keywords:

Recém-nascido, choque séptico, prevalência, mortalidade

Abstract

O choque séptico (CS) é uma reacção fisiológica sistémica a uma infecção que constitui um problema das unidades de cuidados intensivos neonatais (UCIN), sendo uma causa frequente de morte nessas unidades.

Com o objectivo de determinar a prevalência do choque séptico na UCIN do Hospital de São João, os factores de prognóstico e a mortalidade, os autores apresentam um estudo retrospectivo descritivo dos recém-nascidos (RN) internados com choque séptico na unidade de Janeiro de 1996 a Dezembro de 1997.

Na análise estatística dos resultados foram usados o teste t de Student e a prova do Qui-quadrado com p<0,05.

No período considerado foram internados 1190 RN na UCIN, 248 (19%) por sépsis e destes 48 (4%) tiveram CS. Em relação aos factores de risco avaliados, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre o grupo dos sobreviventes (S) e dos falecidos (F) no que se refere à idade gestacional e à utilização de técnicas invasivas. Pelo contrário, o peso ao nascer revelou diferenças com significado estatístico já que 53% dos RN do grupo F tinham peso ao nascer < 1000 g (p<0,05). A comparação da terapêutica usada nos dois grupos não revelou diferenças com significado estatístico em nenhum parâmetro à excepção da utilização de imunoglobulina, usada em 14% dos RN do grupo S e 32% dos RN do grupo F (p<0,05). O Staphylococcus epidermidis foi o agente etiológico mais encontrado (41%). A mortalidade foi de 39%.

Os nossos resultados confirmam o baixo peso ao nascer como factor prognóstico mais importante na mortalidade associada a CS neste grupo etário.

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