Eficácia da Eritropoietina na Prevenção da Anemia da Prematuridade

Authors

  • C. Moreira
  • M. B. Guedes
  • F. Clemente
  • V. Machado
  • M. Tavares
  • H. Guimarães

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2001.5292

Keywords:

Eritropoietina, Anemia da prematuridade

Abstract

Objectivo: Avaliar o efeito nas necessidades transfusionais da administração de Eritropoietina Recombinante Humana (EPO-rH) ao recém-nascido (RN) de pré-termo de muito baixo peso.

Material e Métodos: Estudo retrospectivo que incluiu 40 RN com peso inferior a 1500 gramas. Foram excluídos os RN com anomalias major do sistema nervoso central, anomalias cromossómicas, malformações cardiovasculares, hemorragia intraventricular de grau III ou com extensão ao parênquima e doença hemolítica ou hemorrágica. Vinte RN efectuaram tratamento com EPO-rH (250 unidades/Kg/dose, subcutânea, 3 vezes por semana) durante 6 semanas ou até à alta clínica (grupo tratado); e 20 RN internados no período de tempo imediatamente anterior constituíram o grupo não tratado. Todos os RN receberam suplementos de ferro e vitamina E.

Resultados: Não se observaram diferenças significativas entre os dois grupos de RN relativamente à idade gestacional, sexo, peso ao nascimento, ganho de peso/dia, dias de ventilação mecânica, presença de sépsis e/ou displasia broncopulmonar e volume de sangue colhido. O declínio pós-natal da hemoglobina foi significativamente menor no grupo tratado. A necessidade de transfusões sanguíneas foi também significativamente inferior no grupo tratado: foram transfundidos 50% dos RN tratados vs 90% dos RN não tratados, e os RN tratados receberam um menor volume de sangue transfundido. Não se observaram efeitos secundários relacionados com a administração de EPO-rH.

Conclusão: A terapêutica com EPO-rH mostrou-se eficaz na redução das necessidades transfusionais do RN de pré-termo de muito baixo peso.

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