Filhos da Imigração

Authors

  • Raquel Gouveia
  • Joana Saldanha
  • Catarina Nascimento
  • Carla Cifuentes
  • Susana Martins
  • Carlos Moniz

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2004.4926

Abstract

Portugal é hoje uma sociedade multicultural e passou indubitavelmente de um país de emigrantes para um país de imigrantes.O seu número crescente levanta inevitavelmente a questão da qualidade de prestação de cuidados de saúde aos cidadãos estrangeiros.Atentos a esta realidade que se tem vindo a reflectir na casuística da Maternidade do Hospital de Santa Maria, estudámos prospectivamente os recém-nascidos filhos de mãe imigrante nascidos no nosso hospital num período de 6 meses com o objectivo de avaliar a qualidade da prestação de cuidados de saúde matemo-infantil. Constatou-se que o número de filhos de imigrantes corresponde actualmente a quase 10% dos recém-nascidos no hospital, verificando-se que a vigilância da gravidez nesta população é na sua generalidade adequada, usufruindo a grande maioria das mães de um subsistema de saúde. De realçar a importação de patologias infecciosas como infecção com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) e hepatite B. Em relação ao tipo de trabalho exercido pelos imigrantes em Portugal, este é semelhante ou com menor qualificação ao exercido nos países de origem. Parece verificar-se uma boa adaptação linguística. O seguimento posterior do RN está maioritariamente de acordo com as normas da Direcção-Geral de Saúde. Embora se trate de uma pequena amostra de uma população com múltiplos problemas, a prestação de cuidados de saúde materno-infantil foi adequada nas mães imigrantes que acorreram ao nosso hospital.

Palavras-Chave: Imigrantes, Avaliação de cuidados perinatais, VIH, Hepatite B.

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