Electroencefalograma de amplitude integrada (aEEG) no recém-nascido com patologia neurológica – uma técnica a generalizar
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2012.205Abstract
A monitorização contínua da actividade eléctrica cerebral existe há mais de 50 anos e é utilizada em unidades neonatais há cerca de 30 anos, mas apenas na última década a sua utilização se generalizou nas principais unidades dos países industrializados. Consiste num registo contínuo do sinal de um ou mais canais de electroencefalograma (EEG), que pode ser mantido por horas ou dias, sendo esse sinal modificado por filtragem, compressão temporal e rectificação, de forma a permitir avaliar de modo contínuo a tendência da diferença entre a amplitude máxima e mínima do EEG em cada momento, denominando-se esta tendência EEG de amplitude integrada (aEEG). Ao contrário do que acontece com o EEG padrão, os padrões registados são relativamente simples de interpretar pelo Neonatologista, ficando sempre guardada a informação do EEG de base para que eventuais dúvidas possam ser esclarecidas posteriormente com o Electrofisiologista. As suas aplicações no recém-nascido de termo estão bem estabelecidas, sendo sobretudo útil no diagnóstico e monitorização da resposta ao tratamento das convulsões neonatais, assim como na monitorização de bebés com encefalopatia neonatal, designadamente aqueles que são submetidos a tratamento com hipotermia induzida. Estas aplicações recomendam a sua rápida implementação na UCIN nacionais, assim como o estabelecimento de cursos de formação que permitam aos Neonatologistas portugueses adquirirem competência na sua utilização e interpretação.