Suplementação Vitamínica e Mineral em Portugal Durante o Primeiro Ano de Vida. Resultados do EPACI Portugal 2012

Authors

  • Carla Rêgo Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto. Center for Research in Health Technologies and Information Systems (CINTESIS) - Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Escola Superior de Biotecnologia. Universidade Católica Portuguesa. Porto
  • Margarida Nazareth CBQF - Centro de Biotecnologia e Química Fina – Laboratório Associado, Escola Superior de Biotecnologia, Universidade Católica Portuguesa, Porto, Portugal
  • Carla Lopes ISPUP-EPIUnit, Instituto de Saúde Pública, Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preventiva e Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Porto, Portugal
  • Pedro Graça Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto, Porto, Portugal Direção Geral da Saúde, Ministério da Saúde, Lisboa, Portugal
  • Elisabete Pinto CBQF - Centro de Biotecnologia e Química Fina – Laboratório Associado, Escola Superior de Biotecnologia, Universidade Católica Portuguesa, Porto, Portugal ISPUP-EPIUnit, Instituto de Saúde Pública, Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preventiva e Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2016.6778

Keywords:

Determinantes Sociais da Saúde, Lactente, Minerais/uso terapêutico, Suplementos Nutricionais, Vitaminas/ uso terapêutico

Abstract

Introdução: A adequação nutricional e o status vitamínico e mineral são determinantes para a saúde, crescimento e desenvolvimento. São desconhecidas as práticas de suplementação nos lactentes portugueses. Pretendeu-se caracterizar a suplementação em vitaminas e minerais e quantificar a sua associação com fatores sociodemográficos e sanitários, numa amostra representativa nacional.

Métodos: Do questionário retrospetivo, presencial, aplicado aos acompanhantes de 2232 crianças (12-36 meses) e integrado no protocolo do Estudo do Padrão Alimentar e de Crescimento na Infância - Portugal 2012, foi retirada informação relativa à toma de suplementos durante o primeiro ano de vida.

Resultados: Verificou-se que 68,3% dos lactentes portugueses efetuam suplementação com vitamina D e 16,6%, 24,0 % e 4,5% efetuam, respetivamente, com ferro, vitamina C e flúor. Residir na zona Norte (exceto para o flúor) ou ser acompanhado em simultâneo por pediatra/médico de família, associa-se a maior frequência de suplementação. O acompanhamento apenas por médico de família aumenta o risco em 23,0% e 45,0% de não ser efetuada suplementação, respetivamente, com vitamina D e ferro. A prematuridade associa-se a suplementação com ferro e com multivitamínico. Maior escolaridade materna ou viver casada/em união de facto associa-se a maior frequência de suplementação em vitamina D.

Discussão: Apenas dois terços dos lactentes portugueses efetuam suplementação com vitamina D, um sexto efetua com ferro e um quarto com vitamina C. A suplementação com flúor é residual e a suplementação com multivitamínico associa-se à prematuridade. Fatores socioeconómicos, o prestador de cuidados de saúde de rotina e a localização geográfica associam-se, em Portugal, à prevalência da suplementação vitamínica e mineral durante o primeiro ano de vida.

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Author Biography

Carla Rêgo, Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto. Center for Research in Health Technologies and Information Systems (CINTESIS) - Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Escola Superior de Biotecnologia. Universidade Católica Portuguesa. Porto

Pediatra. Mestrado em Medicina Desportiva e Doutoramento em Medicina (área da Pediatria) pela Faculdade de Medicina da Universiadde do Porto.

Professora Auxiliar convidade da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

Professora convidada da Universidade Católica Portuguesa

Published

2016-07-29

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