Défice de Vitamina D: Comorbilidade da Obesidade Pediátrica ou Consequência do Estilo de Vida?

Authors

  • Sara Ferreira Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
  • Inês Tomada Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto. Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
  • Emídio Carreiro Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto.
  • Rui Poínhos Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
  • Carla Rêgo Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto. Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2016.5003

Keywords:

Adolescente, Criança, Deficiência de Vitamina D/diagnóstico, Densidade Óssea

Abstract

Introdução: A hipovitaminose D está associada a compromisso ósseo e, na idade adulta, a um maior risco de desenvolvimento
de doenças crónicas. São escassos os estudos portugueses relativos ao status de vitamina D e da massa óssea em idade
pediátrica. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o status de vitamina D e de massa óssea em crianças e adolescentes
residentes na região do Porto e estudar a sua relação com o estado nutricional e a prática de atividade física.
Métodos: Estudo retrospetivo que incluiu 122 crianças e adolescentes (5-18 anos), avaliadas durante os meses de inverno e
primavera de 2011 e 2012. Procedeu-se à caraterização antropométrica, da composição corporal (Inbody 230®), do status de
massa óssea e do padrão de atividade física e à avaliação das concentrações séricas de 25-hidroxivitamina D e dos marcadores
do metabolismo fosfocálcico. Considerou-se deficiência em vitamina D valores de 25-hidroxivitamina D < 20 ng/mL e “compromisso
de massa óssea para a idade” valores de Z-score da densidade mineral óssea ≤ -2,0.

Resultados: Cerca de metade da amostra (n = 67; 47,8%) apresentou deficiência em vitamina D. Verificou-se uma prevalência
de 4,7% de compromisso de massa óssea para a idade. Os níveis de 25-hidroxivitamina D registaram uma correlação negativa
com a paratormona (r = 0,342; p = 0,013), mas não demonstraram qualquer correlação com as variáveis antropométricas, a
massa gorda, a massa óssea ou a atividade física.
Discussão: Observou-se uma elevada prevalência de deficiência em vitamina D em crianças e adolescentes da região do Porto,
independentemente do estado de nutrição e do padrão de atividade física. De forma a obviar possíveis repercussões futuras
com implicações na saúde pública, importa o conhecimento da realidade a nível nacional.

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Author Biographies

Sara Ferreira, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Nutricionista licenciada pela Faculdade  de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, estagiária de Nutrição no Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto sob a orientação da Prof. Carla Rêgo, particularmente na área da Obesidade Pediátrica. Nutricionista estagiária na área da investigação no Serviço de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto.

Inês Tomada, Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto. Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Nutricionista, mestre em Nutrição Clínica e doutorada em Metabolismo – Clínica e Experimentação

Emídio Carreiro, Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto.

Pediatra

Rui Poínhos, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Nutricionista; mestre em Psicologia

Carla Rêgo, Centro da Criança e do Adolescente - Hospital CUF Porto. Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Pediatra, mestre em Medicina Desportiva e doutorada em Pediatria.

Published

2016-03-01

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