Criança, Família e Sociedade

Authors

  • João Gomes-Pedro

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.1998.5560

Keywords:

Criança, Família, Sociedade, Vinculação, «Situação estranha»

Abstract

Neste artigo, pretende o A. reflectir, mais uma vez, sobre os sistemas interiores da criança que viabilizam a sua comunicação, particularmente com os mais significativos.

O A. descreve a evolução que vai desde a descoberta do outro significativo até ao desespero que acontece com a substituição ou com a ausência desse outro significativo.

Esta evolução corresponde à maturação do vínculo e processa-se através dum longo caminho que vai desde o balbuciar desarticulado do bebé quando só, até à mais elaborada construção verbal entre dois seres traduzida por cumprimentos, insultos, interjeições de humor, metáforas ou ainda, por juras de amor.

Na base de toda esta elaboração temporal, o A. refere-se aos primórdios da aprendizagem das relações, já bem patentes no bebé recém-nascido e que uma avaliação cuidada permite identificar através da semiologia das emoções.

No texto, o A. sublinha a construção elaborada do sentido do outro significativo ou seja, o crescimento do amor por alguém que permanece como esse outro significativo reconhecendo esta elaboração como o processo mais sublime e mais complexo da vida que faz cada um aprender a distinguir cada outro durante essa mesma vida.

O A. salienta estas competências, bem identificadas hoje na vida pré-natal e que, se procuradas, podem ser salutarmente partilhadas entre profissionais e pais logo às primeiras horas de vida, o que evidencia, fundamenta e potencia os primeiros laços.

Para o A., do efémero ao permanente, a diferença estará sempre no desafio da descoberta e esse desafio será a grande tarefa dos profissionais da Saúde e da Educação, numa missão que tem de ser conjunta e convergente.

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