A importância de doses maiores de naloxona no tratamento da intoxicação por metadona

Authors

  • Sofia Deuchande
  • Francisco Abecasis
  • Joana Fermeiro
  • Patrícia Janeiro
  • Marisa Vieira
  • Cristina Camilo
  • Manuela Correia

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2010.4325

Abstract

As intoxicações com opiáceos em crianças são raras, mas podem ser fatais. Apresentam-se dois casos de intoxicação por metadona, com desfechos diferentes. A primeira criança, de 33 meses de idade, necessitou de ventilação mecânica e naloxona em perfusão contínua, tendo recuperado sem sequelas. No segundo caso, uma criança de três anos, foram usados suportes ventilatório e inotrópico e foi administrada naloxona, mas ocorreu o falecimento algumas horas após o internamento. Nas duas situações um primeiro bólus de naloxona de oito microgramas por kg de peso não reverteu a intoxicação levando a atrasos diagnóstico e terapêutico. Numa criança em coma com miose e depressão respiratória, após medidas de reanimação e estabilização iniciais, deve ser considerada a hipótese de intoxicação com metadona e administrada naloxona (10 mcg/Kg). Na ausência de resposta deve repetir-se naloxona na dose de 400-800 mcg (uma a duas ampolas).
Palavras-chave: intoxicação, metadona, insuficiência respiratória, naloxona, criança.

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