Fatores de Risco Para Hemorragia Pulmonar em Recém-Nascidos de Muito Baixo Peso e/ou Idade Gestacional Inferior a 32 Semanas: Estudo Caso-Controlo

Authors

  • Muriel Ferreira Serviço de Neonatologia, Maternidade Bissaya Barreto – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Nuno Lourenço Serviço de Neonatologia, Maternidade Bissaya Barreto – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Cristina Resende Serviço de Neonatologia, Maternidade Bissaya Barreto – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Adelaide Taborda Serviço de Neonatologia, Maternidade Bissaya Barreto – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2016.8812

Keywords:

hemorragia, pulmão, prematuros, corticoides, transfusão de eritrócitos

Abstract

Introdução: A hemorragia pulmonar tem sido associada a elevada morbimortalidade nos recém-nascidos grandes pré-termos.Este estudo pretendeu avaliar os fatores de risco mais relacionados com a hemorragia pulmonar nestes recém-nascidos.

Métodos: Estudo caso-controlo incluindo recém-nascidos de muito baixo peso e/ou idade gestacional inferior a 32 semanas, internados numa maternidade com apoio perinatal diferenciado, entre 1 de janeiro de 1995 e 31 de dezembro de 2015. Definiu-se caso como hemorragia pulmonar (n = 32) e, para cada caso, foram selecionados dois controlos (n = 64) com igual idade gestacional, sem hemorragia pulmonar. Foram analisados fatores de risco para hemorragia pulmonar e complicações associadas.

Resultados: A incidência de hemorragia pulmonar foi de 2,3%. Os casos apresentavam maior gravidade clínica (p = 0,007) e maior taxa de recém-nascidos leves para a idade gestacional (p = 0,035). A hemorragia pulmonar associou-se a menor uti lização de corti coides pré-natais (p = 0,016), maior administração de surfactante (p = 0,001), transfusão de glóbulos vermelhos nos primeiros seis dias de vida (p < 0,001), necessidade de suporte inotrópico (p < 0,001) e hemorragia peri-intraventricular grave (p < 0,001). Após ajustamento por regressão logísti ca, apenas eram signifi cati vas a transfusão de glóbulos vermelhos (p < 0,001) e o uso de corti coide pré-natal (p = 0,027). Os recém-nascidos com hemorragia pulmonar apresentaram maior mortalidade (p = 0,004).

Discussão: A hemorragia pulmonar surge em doentes mais graves e piora o seu prognósti co. A transfusão de glóbulos vermelhos realizada precocemente associou-se de forma positi va com a hemorragia pulmonar, contrariamente aos corti coides pré-natais que apresentaram um efeito protetor

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Published

2016-12-12

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