Monitorização Epidemiológica numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais

Authors

  • Rita Barreira
  • André M. Graça
  • Cristina Gonçalves
  • Margarida Abrantes
  • Raquel Gouveia
  • Dinah Carvalho
  • Luís Lito
  • Carlos Moniz
  • José Melo Cristino
  • Maria do Céu Machado

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2015.7128

Keywords:

Antibacterianos, Controlo de Infeção, Cuidados Intensivos Neonatais, Infeção Hospitalar/epidemiologia

Abstract

Introdução: A infeção neonatal está associada a um aumento significativo da morbilidade e da mortalidade. O conhecimentodos agentes etiológicos com maior prevalência em cada unidade e da sua sensibilidade aos antimicrobianos é essencial paraa seleção da terapêutica. Pretendeu-se conhecer a prevalência e a sensibilidade aos antimicrobianos dos agentes isolados nosprodutos biológicos dos recém-nascidos internados numa unidade de cuidados intensivos neonatais num período de cincoanos (2007-2011), comparando-a com os resultados de um estudo anterior realizado na mesma unidade (1998-2002).

Métodos: Estudo retrospetivo de todos os agentes isolados em recém-nascidos internados na unidade durante o período doestudo, a partir da análise da base de dados eletrónica do serviço de patologia clínica e do livro de registo de admissões da unidade.

Resultados: A taxa de positividade global em todos os produtos biológicos aumentou de 11,1% (1998-2002) para 18,3%(2007-2011). O Staphylococcus coagulase-negativo manteve-se como o principal agente em exames culturais não superficiais.A incidência anual de isolamento de Streptococcus grupo B diminuiu progressivamente. A Escherichia coli surgiu como o principalagente isolado em urocultura e a Pseudomonas aeruginosa continuava a ser o agente mais frequentemente isolado nassecreções respiratórias. Verificou-se um padrão de sensibilidade aos antibióticos sobreponível ao encontrado numa avaliaçãosemelhante realizada num período anterior.

Discussão: Os resultados do estudo permitiram não só conhecer os agentes infecciosos mais frequentemente isolados na unidade,mas também confirmar que a política antibiótica empírica seguida se mantinha adequada à realidade epidemiológica.

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