Referenciação Pediátrica - Que Realidade?
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2003.5070Keywords:
Referenciação, Urgência Pediátrica, Centro de Saúde,Abstract
Mesmo após a reestruturação de acesso à Urgência Pediátrica que teve inicio cm Março de 2000, a afluência directa à Urgência Pediátrica no Hospital Fernando Fonseca sem referenciação médica é uma realidade diária.
O presente estudo pretendeu determinar os motivos que levam as crianças à urgência daquele hospital. Foi um estudo observacional des-critivo, cuja recolha de dados ocorreu entre os dias 8 e 16 de Outubro e 2001 (apenas dias úteis) na Urgência Pediátrica (end-point 100 crianças). A maioria das crianças analisadas pertence aos Centros de Saúde do Cacém, Queluz e Mem Martins. O principal motivo da ida directa é a vontade dos acompanhantes» sendo a febre o principal motivo clínico da vinda das crianças. Não foi possível estabelecer qualquer relação entre o motivo para a vinda directa e a raça, escolaridade e o facto de ser primeiro filho. A maior parte das crianças teve alta para o domicílio (82%), sem necessitar de cuidados no hospital que não pudessem ter sido obtidos no Centro de Saúde da área.
Apenas 18% necessitaram de tratamento hospitalar e destes seis porcento ficaram internados. Assim, para a maioria dos doentes (82%) é correcto ir ao Centro de Saúde e ser observado apenas pelo médico de Cuidados Primários. Tal representaria melhor utilização dos recursos médicos disponíveis com diminuição de custos para Sistema Nacional de Saúde.