Leucinose Neonatal. Experiência do Hospital Pediátrico de Coimbra

Authors

  • Lina Ramos
  • Manuel Cunha
  • Lurdes Vicente
  • Sérgio Velho
  • Jeni Canha
  • Luísa Pragana
  • Rosa Oliveira
  • Isabel T. Almeida
  • Luísa Diogo

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5431

Keywords:

Leucinose neonatal, MSUD, aminoacidopatia, cetonúria, convulsões, coma

Abstract

A leucinose é uma doença hereditária do catabolismo dos aminoácidos ramificados por défice da respectiva a-cetoácidodesidrogenase.

A forma clássica é a mais frequente e mais grave, apresentando-se como encefalopatia aguda neonatal.

No Hospital Pediátrico de Coimbra foram seguidos no período de 1990 a 1996 (7 anos) 5 casos de leucinose neonatal. Todos se apresentaram entre o 3.° e o 7.° dia de vida com recusa alimentar, alterações do tónus, convulsões e coma. A evolução foi variável e dependente de: precocidade do diagnóstico; agressividade e eficácia das medidas terapêuticas; capacidade de prevenção e tratamento de ulteriores descompensações metabólicas. Três crianças sobreviveram: duas, actualmente com 3,5 e 4,5 anos de idade, têm crescimento e desenvolvimento adequados; a 3.' apresentava atraso de desenvolvimento moderado aos 10 meses de idade.

A incidência de leucinose detectada por rastreio sistemático na Europa é de 1/120.000.

A hipótese de leucinose deve ser colocada em todo o recém-nascido com clínica de sépsis tardia, sobretudo se houver cetonúria, uma vez que a precocidade do diagnóstico e do respectivo tratamento são importantes factores de prognóstico.

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