Gangliosidose GM1, Tipo I, Infantil — A Propósito de 8 Casos

Authors

  • Aguinaldo Cabral
  • Teresa Tasso
  • Filomena Eusébio
  • Ana Gaspar
  • Joanne Charlton
  • Henriqueta Marques dos Santos
  • J. F. Moura-Nunes

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2001.5293

Keywords:

Edema neonatal, dismorfia, displasia óssea generalizada, organomegália, mancha-cereja macular, doença neurodegenerativa, deficiência de [3-galactosidase.

Abstract

São apresentados 8 doentes com Gangliosidose GM1 Tipo I: 3 do sexo masculino, 5 do feminino; cinco são de etnia cigana nascidos de casamentos consanguíneos. O diagnóstico ocorreu entre os 3-13 meses de idade (média: 5,6).

Observou-se alta incidência de edema neonatal (7/8), anasarca (5/8), ascite (1/8) e predominância étnica não descrita.

A dismorfia facial e esquelética, a organomegália, a hipotonia inicial e hipoactividade, as dificuldades alimentares e as infecções respiratórias recorrentes apontavam para doença lisosomial.

A presença de linfócitos vacuolizados, de oligossacaridúria com padrão cromatográfico típico, os aspectos radiológicos sugestivos, a mancha-cereja macular, a ultraestrutura da pele e, fundamentalmente, a marcada deficiência da (3-galactosidase nos leucócitos (8/8) e fibroblastos (1/8), confirmaram o diagnóstico.

Comprovou-se a morte de 4 doentes, antes dos 2 anos de idade, por pneumonia; presume-se o falecimento dos restantes.
Doença degenerativa cerebral sem tratamento específico. Importa fazer diagnóstico precoce e aconselhamento genético, tendo especial atenção com as populações com elevada consanguinidade, como a etnia cigana.

Downloads

Download data is not yet available.

Issue

Section

Original articles

Most read articles by the same author(s)

1 2 3 > >>