Rastreio oportunístico de infeção genital por Chlamydia trachomatis em Adolescentes

Authors

  • Cláudia Raquel Melo Serviço de Pediatria, Unidade de Famalicão, Centro Hospitalar do Médio Ave
  • Filipa Almeida Serviço de Pediatria, Unidade de Famalicão, Centro Hospitalar do Médio Ave
  • Teresa Torres Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de Nova de Gaia/Espinho
  • Filipe Oliveira Serviço de Pediatria, Unidade de Famalicão, Centro Hospitalar do Médio Ave
  • Margarida Figueiredo Serviço de Pediatria, Unidade de Famalicão, Centro Hospitalar do Médio Ave
  • Paula Fonseca Serviço de Pediatria, Unidade de Famalicão, Centro Hospitalar do Médio Ave

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2014.4139

Abstract

Introdução: A infeção por Chlamydia trachomatis é uma das infeções sexualmente transmissíveis mais frequentes entre adolescentes sexualmente ativos, com uma prevalência de 5 a 10%. Entre 56% a 80% dos infetados são assintomáticos. O principal objetivo do rastreio e tratamento é prevenir a doença inflamatória pélvica e suas complicações.

Métodos: Estudo prospetivo com rastreio oportunístico e voluntário da infeção genital por Chlamydia trachomatis, em adolescentes sexualmente ativas seguidas em consulta num período de 2 anos, e caraterização dos seus comportamentos sexuais.

Resultados: O estudo incluiu 38 adolescentes com idade mediana de 16,5 anos. Os motivos de seguimento mais frequentes foram: comportamentos sexuais de risco e patologia psiquiátrica (depressão, ansiedade, perturbação do comportamento alimentar). A média de idade de inicio de atividade sexual foi de 15 anos (DP=1,5), 55% sem uso sistemático de método barreira, 21% referiam múltiplos parceiros (>2) e 18% mudança recente de parceiro. Foram relatadas quatro gravidezes (duas interrupções voluntárias da gravidez e duas evoluíram para gestações de termo). Identificámos três casos assintomáticos de infeção genital por Chlamydia trachomatis (7,9%), todas apresentavam início de atividade sexual entre os 14 e 16 anos, múltiplos parceiros e relações sexuais sem método barreira.

Discussão e Conclusão: A frequência de infeção genital por Chlamydia trachomatis foi elevada, o que poderá ser explicado pela elevada frequência de comportamentos sexuais de risco. Os resultados apoiam a importância da realização de rastreio de Chlamydia trachomatis em adolescentes sexualmente ativas, indo ao encontro das diretrizes internacionais.

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Published

2014-12-18

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