Imunoglobulina' Intravenosa na Isoimunização Rh do Recém-Nascido
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.1998.5605Keywords:
Imunoglobulina intravenosa, isoimunização Rh, doença hemolítica do RNAbstract
Estudaram-se retrospectivamente 38 processos de Recém-Nascidos (RN) com isoimunização Rh, 25 dos quais foram tratados com imunoglobulina intravenosa (IGIV) — 500 mg/Kg.
Esta terapêutica iniciada no ano 1995 teve como objectivo diminuir a hemólise e consequentemente evitar a exsanguíneo-transfusão (ET) que seria sempre efectuada desde que se verificassem os critérios classicamente aceites para a evolução e níveis séricos de bilirrubina.
Os resultados obtidos mostraram que apenas 28% dos 25 RN que fizeram IGIV necessitaram de ET contrastando com 92% dos 13 casos diagnosticados nos 2 anos imediatamente anteriores ao início desta terapêutica. Parece assim ter sido eficaz na contenção da hemólise mesmo quando a apresentação inicial da doença evidenciou uma anemia que necessitou de ser corrigida. A transfusão de concentrado eritrocitário foi efectuada logo no 1.° dia a 13 dos 25 RN, 68% de todos os casos transfundidos em toda a evolução da doença.
Admitimos que esta terapêutica seja uma alternativa válida com menor morbilidade. No nosso estudo não verificámos qualquer efeito secundário.