Catéteres Venosos Centrais Externos versus Cateteres Totalmente Implantados em Crianças com Patologia Oncológica

Authors

  • Vitor Costa
  • Tereza Oliva
  • Isabel Silva
  • Ana Ferreira
  • Norberto Estevinho
  • M.José Bento
  • B.P. Sodré Borges

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2003.5069

Keywords:

Criança, Oncologia, Cateter venoso central, Complicações

Abstract

Objectivos: Os catéteres venosos centrais (CVC) podem ser utilizados em crianças que requerem acesso venoso prolongado, nomeadamenle naquelas com doença oncológica. O objectivo deste estudo foi avaliar as complicações que levaram à remoção dos catéteres e comparar os dois tipos de CVC utilizados (CVC com componente externo e CVC totalmente implantados) no Serviço de Pediatria do IPOFG do Porto.

Material e Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo dc 1 de Janeiro de 2000 a 31 de Janeiro de 2002. Nesse período foram introduzidos 92 CVC em 65 crianças com patologia oncológica. Foram avaliados os seguintes parâmetros: sexo, idade, tipo de doença, tipo de catéter, duração de cada cateter e complicações que levaram à remoção dos catéteres. Foi utilizado o teste do Qui-quadrado, para análise de complicações associadas ao uso dc CVC e o teste U de Mann-Whitney para avaliar a duração de cada catéter.

Resultados: No período referido foram introduzidos 28 catéteres externos (CE) e 64 totalmente implantados (TI). O tempo de duração variou de 1 a 330 dias para os CE (mediana de 60 dias) e de 3 a 730 dias para os Ti (mediana de 203 dias). Esta diferença foi estatisticamente significativa (p < 0.001). Neste período foram retirados 22 CE (79%) e 19 TI (30%) (p < 0,001). As principais razões de remoção foram: infecção sistémica (CE 7, TI 3), infecção local (CE 3), obstrução do sistema (CE 2. TI 5), trombose (CE 3), defeitos no catéter (CE 5. TI 3), substituição para transplante de progenitores hemaiopoiéticos (TI 5), desejo do doente (TI 1), exteriorização do CVC (CE 2) e fim de tratamento (TI 2).

Conclusões: Os TI constituem um acesso venoso central satisfatório para a maioria das crianças com doença oncológica, com um número reduzido de complicações. Este estudo demonstra que, em doentes seleccionados, os TI são mais seguros e melhor tolerados relativamente aos CE.

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