Prevalência de Excesso de Peso e de Obesidade numa População Escolar da Area do Grande Porto, de Acordo com Diferentes Pontos de Corte do índice de Massa Corporal

Authors

  • José Ribeira
  • Sandra Guerra
  • Armando Teiceira Pinto
  • José Duarte
  • Jorge Mota

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2003.5057

Keywords:

obesidade, excesso de peso, crianças, IMC, prevalência

Abstract

Resultados de estudos longitudinais sugerem que em longo prazo, a obesidade durante a infanda está associada com um aumento do risco de obesidade em adulto, e também um aumento da morbilidade c mortalidade nos adultos. Devido aos reconhecidos problemas de saúde associados à obesidade, seria fundamental prevenir a obesidade na vida adulta através da diminuição da prevalência deste estado durante a infância e juventude.

Deste modo o objectivo deste estudo foi o de descrever a prevalência do excesso de peso e obesidade em crianças e adolescentes (10-15 anos) da área do grande - Porto» calculados pelo índice de Massa Corporal (IMC), com valores critério estabelecidos internacionalmente (Cole et al. 2000) e compará-los com o percentil 85° e 95° (P85 c P95) do TMC para esta população. A amostra deste estudo foi constituída por 819 indivíduos caucasianos de ambos os sexos (382 rapazes e437 raparigas) com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos.

As medidas antropométricas (peso, altura e pregas de adiposidade subcutânea) foram determinadas de acordo com técnicas padrão, O IMC foi calculado através dos valores do peso e altura determinados com uma balança digital [Peso (kg)/Altura2 (m)]. Os valores de ponto de corte internacionais definidos por Cole e col. (2000), determinaram as crianças com excesso de peso e obesidade. Os resultados deste estudo revelaram que os rapazes apresentam valores superiores de excesso de peso (22.5%) e de obesidade (8,4%) em relação às raparigas (18,5% e 5,3%, respectivamente). Quando comparada a mesma amostra usando o P85 e P95 do IMC» verificámos uma percentagem semelhante, quer para rapazes como raparigas, de excesso de peso (9.9% e 10.3%) e obesos {4.2% e 4.3%). Contudo observámos mais crianças e jovens com excesso de peso e obesidade quando usámos os pontos de corte propostos internacionalmente.

Os valores do nosso estudo relativos à associação entre os indicadores de obesidade utilizados e a percentagem de massa gorda e soma das pregas subescapular tricipital são superiores no IMC (10) r=0.69) relativamente ao obtido para o P85 e P95 (r=0.55).Em conclusão podemos verificar que existe um melhor ajustamento  dos  pontos  de  corte  do  IMC  propostos internacionalmente no que concerne à avaliação do excesso de peso e obesidade em crianças e jovens na nossa população quando comparado com o P85 e P95 da mesma amostra.

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