Restrição do crescimento numa criança com deficiência profunda. Comentário sobre o “Caso Ashley”

Authors

  • Rosa Gouveia

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2007.4637

Abstract

Tem sido largamente difundido nos media o caso da pequena Ashley, portadora de deficiência mental profunda com grave compromisso neurológico e sem locomoção, cujos pais solicitaram à equipe médica a restrição do seu crescimento aos 6 anos de idade a fim de “facilitar a prestação de cuidados no seio da sua família, melhorando desta forma a sua qualidade de vida”. Este pedido foi submetido ao parecer de um vasto número de pediatras especializados em endocrinologia, desenvolvimento, neurologia e cirurgia, assim como a uma comissão de ética. Concluíram que, neste caso particular, a restrição do crescimento traria “benefícios médicos e emocionais”, pelo que a criança iniciou uma terapêutica com estrogéneos, precedida de histerectomia e de mastectomia, a primeira para evitar o incómodo do aparecimento de fluxo menstrual e períodos menstruais dolorosos e a segunda para evitar um hipotético cancro da mama induzido pelos estrogéneos.

Downloads

Download data is not yet available.

Issue

Section

Ética

Most read articles by the same author(s)