Violência, Morbilidade e Solidariedade

Authors

  • João M. Videira Amaral

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2012.2343

Abstract

1. Saúde e Família constituem bens inestimáveis e interdependentes. Com efeito, a Família é uma verdadeira escola de comportamentos, influenciando decisivamente a criança e o adolescente. E para que tal se verifique de forma positiva e equilibrada, torna-se fundamental que o ambiente familiar propicie condições ditas saudáveis, isto é, estímulos motivantes de equilíbrio face às adversidades da vida, promovendo resiliência, vínculo afectivo e diálogo. Em suma, uma relação harmónica entre os componentes de tal modelo de agregado humano.1

2. Acontece que a nossa sociedade é testemunha permanente de fenómenos de violência, violência não exclusiva do nosso tempo pois faz parte da História da Humanidade. A violência em geral, e em especial a perpetrada em ambiente familiar, multifacetada, e ultimamente muito noticiada, resulta duma

complexa interacção de factores biológicos, psicológicos, socioculturais, entre outros, o que determina graus diversos de morbilidade, sendo que tal problema passou a ser mais facilmente denunciado nas últimas décadas2,3.

3. E sobre a importância deste problema com enorme impacte na sociedade civil e que deve interessar a pais, professores, educadores, profissionais de saúde (e a toda a sociedade civil) torna-se imperioso salientar que as consequências dos diversos tipos de violência, juntamente com as doenças transmissíveis, constituem os principais factores determinantes de mortalidade prematura na Humanidade. Trata-se

efectivamente de fenómenos emergentes no âmbito da Saúde Pública reclamando colaboração interdisciplinar e acção multiprofissional4,5.

4. Em consonância com o que foi dito, e sem desvalorizar o papel da violência praticada sobre jovens e crianças em ambiente escolar (bullying), não objecto de análise neste escrito, cabe referir que um ambiente familiar hostil,

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