Úlcera cutânea após viagem à Tunísia

Authors

  • Joana Faleiro
  • Joana Martins
  • Maria João Brito
  • Paula Correia

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2012.1269

Abstract

Criança do sexo feminino, de seis anos de idade, previamente saudável, internada por lesões maculo-papulares e nodulares exsudativas dos membros e face com seis semanas de evolução. À observação apresentava lesão maculo-papular no membro inferior direito, três lesões ulceradas com bordos nodulares e exsudativas nos membros superiores (Figura 1) e duas nodulares na face (Figura 2). Dois meses antes do internamento tinha viajado para a Tunísia.

Foi medicada com flucloxacilina e gentamicina pela hipótese de impétigo. Apesar da melhoria inicial, posteriormente as lesões evoluíram para ulceração e necrose, pelo que foi realizada biópsia cutânea. No exame histológico identificaram-se amastigotas na coloração de Giemsa e a reacção da polimerase em cadeia foi positiva para Leishmania major. A imunofluorescência indirecta no sangue periférico para Leishmania apresentava título positivo (1:16). Foi medicada com anfotericina B lipossómica durante cinco dias consecutivos e duas tomas posteriores (14º e 21ºdia). A evolução foi lenta com melhoria progressiva das lesões após seis semanas (Figura 3).

O contexto epidemiológico e as características das lesões devem alertar para esta infecção1. A identificação de uma estirpe proveniente de uma zona endémica na Tunísia reforça a importância das medidas de prevenção e controlo desta infecção2.

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Joana Faleiro

 

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