Hipertensão Renovascular: Casuística de uma Consulta de Nefrologia Pediátrica

Date of submission: 05-01-2017 | Date of acceptance: 27-07-2017 | Published: 22-01-2018

Authors

  • Clara Gomes Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu. Portugal.
  • Carolina Cordinhã Unidade de Nefrologia Pediátrica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Carmen Carmo Unidade de Nefrologia Pediátrica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Clara Gomes Unidade de Nefrologia Pediátrica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • António Jorge Correia Unidade de Nefrologia Pediátrica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2018.10617

Abstract

Introdução: A hipertensão arterial em idade pediátrica é geralmente secundária e potencialmente tratável, sendo que 3%-10% desta população tem hipertensão renovascular. Este trabalho teve como objetivo avaliar as manifestações clínicas, tratamento e evolução dos doentes com este diagnóstico.

Métodos: Estudo retrospetivo descritivo dos casos de hipertensão renovascular admitidos na consulta de nefrologia pediátrica de um hospital de nível III, de janeiro de 2006 a junho de 2016.

Resultados: Incluíram-se nove doentes (seis do género masculino, idade média no diagnóstico 6,7 ± 2 anos). O diagnóstico de hipertensão arterial foi feito em contexto de cefaleias num doente, má progressão ponderal noutro, e nos sete restantes que estavam assintomáticos, em avaliação de rotina. Dois tinham patologia sistémica (neurofibromatose tipo I e arterite de Takayasu). A ecografia renal com Doppler identificou estenose da artéria renal em 88,9% dos casos e a angiografia em 100% dos oito casos em que foi realizada (estenose bilateral num doente). Em dois doentes a hipertensão arterial foi controlada farmacologicamente. Nos outros sete, por manutenção da hipertensão arterial (três com hipertensão arterial grave, apesar de quatro fármacos), realizaram-se procedimentos de revascularização (angioplastia em cinco e reimplantação da artéria em dois).
Na evolução, três colocaram stent, três complicaram com trombose da artéria renal e nefrectomia. Na última avaliação (média de seguimento de 2,8 anos), três estavam sem terapêutica anti-hipertensora.

Discussão: Salienta-se a importância da avaliação sistemática da pressão arterial na criança pois a hipertensão arterial, mesmo grave, pode ser assintomática. A hipertensão renovascular necessita, frequentemente, de vários procedimentos terapêuticos invasivos, não isentos de risco. A investigação etiológica e a intervenção precoces podem retardar a progressão da doença renal e modificar o prognóstico.

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Author Biographies

Clara Gomes, Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu. Portugal.

Interna de Formação Específica de Pediatria

Carolina Cordinhã, Unidade de Nefrologia Pediátrica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Assistente de Pediatria

Carmen Carmo, Unidade de Nefrologia Pediátrica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Assistente Graduada de Nefrologia

Clara Gomes, Unidade de Nefrologia Pediátrica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Assistente Graduada de Pediatria

António Jorge Correia, Unidade de Nefrologia Pediátrica. Hospital Pediátrico. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Assistente Graduado Sénior de Pediatria

Published

2018-01-22

Issue

Section

Case series

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