Programa de Formação e Prevenção da Anafilaxia Alimentar nas Escolas

Authors

  • Ana Azevedo Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga
  • Joana Rodrigues Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga
  • Isabel Nunes Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga
  • Jorge Romariz Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho
  • Claudia Pedrosa Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho
  • Fátima Praça Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho
  • Herculano Costa Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2017.9855

Keywords:

Anafilaxia/prevenção & controle, Creches, Criança, Cuidado da Criança, Educação em Saúde, Escolas, Hipersensibilidade Alimentar/prevenção & controle, Inquéritos e Questionários, Serviços de Saúde Escolar

Abstract

Introdução: Os casos de anafilaxia por alergia alimentar constituem uma preocupação constante dos cuidadores das crianças alérgicas. Este estudo pretendeu educar os profissionais em contacto com estas crianças, avaliar os seus conhecimentos sobre anafilaxia e o grau de eficácia de uma sessão de formação.

Métodos: Realização de uma sessão de educação para a saúde aos profissionais das escolas de alunos seguidos em consulta por anafilaxia alimentar. Distribuição e interpretação dos resultados de um inquérito anónimo sobre conhecimentos acerca da anafilaxia antes e após a formação.

Resultados: Até à data estiveram envolvidas 55 escolas em todo o país onde foram efetuadas sessões de formação. Foram efetuados inquéritos a 166 profissionais escolares; a maioria sabia reconhecer o carácter de emergência da anafilaxia e a necessidade de acionar o 112. Apenas 38% dos questionados pré-sessão identificaram corretamente os sintomas possíveis de anafilaxia, comparativamente a 98% dos pós-sessão (p < 0,001). Uma percentagem importante dos questionados pré-sessão não reconheceu diferentes formas de contacto com o alergénio (45% vs 99%; p < 0,001) e 17% dos profissionais antes da sessão consideraram que só com grandes quantidades de alergénio se desenvolvia anafilaxia, comparativamente a 0,6% na pós-sessão (p < 0,001).
Apesar de todas as crianças serem portadoras da caneta de adrenalina, 43% na pré-sessão referiram nunca ter ouvido falar da mesma e apenas 25% sabiam aplicá-la corretamente; 84% dos profissionais escolares pós-sessão sabiam aplicá-la (p < 0,001).

Discussão: Estes resultados evidenciam o défice alarmante de conhecimentos pré-sessão e, portanto, a necessidade de intervenção na comunidade na aquisição de conhecimentos sobre anafilaxia através deste programa, idealmente com repetições periódicas, permitindo, potencialmente, diminuir a mortalidade em idade escolar provocada por anafilaxia alimentar.

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Author Biographies

Ana Azevedo, Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga

Interna de Pediatria do Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga

Jorge Romariz, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho

Unidade de Imunoalergologia e Pneumologia Pediátrica

Claudia Pedrosa, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho

Unidade de Imunoalergologia e Pneumologia Pediátrica

Fátima Praça, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho

Unidade de Imunoalergologia e Pneumologia Pediátrica

Herculano Costa, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho

Unidade de Imunoalergologia e Pneumologia Pediátrica

Published

2017-07-07

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