Rastreio Auditivo Neonatal em 17 732 Recém-Nascidos
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2017.9804Keywords:
Emissões Otoacústicas Espontâneas, Perda Auditiva/diagnóstico, Potenciais Evocados Auditivos do Tronco Encefálico, Rastreio Neonatal, Recém-Nascido, Testes Auditivos, Transtornos da Audição/diagnósticoAbstract
Introdução: A surdez infantil representa uma das anomalias congénitas mais frequentes. Em Portugal, foi desenvolvido o Grupo de Rastreio e Intervenção na Surdez Infantil (GRISI), cujo principal objetivo é implementar um programa de rastreio nacional através da aplicação de técnicas e métodos definidos e semelhantes nos vários hospitais.
Objetivos: Analizar a polupação de recém-nascidos rastreados num hospital periférico, no que concerne à presença de fatores de risco para surdez e resultados dos testes de rastreio.
Material e métodos: Foram consultados os processos das crianças nascidas no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, entre 2010 e 2015. Foram analisados os fatores de risco para surdez e os resultados dos testes de rastreio. Foram calculados a efetividade do rastreio assim como o índice de referenciação para consulta de Otorrinolaringologia. Os dados foram analizados através do programa informático SPSS®, atribuindo-se validade estatística a valores de p<0.05.
Resultados: Verificou-se o nascimento de 18019 crianças. O programa de rastreio foi efetuado em 17732 recém-nascidos. A efetividade do rastreio foi de 98,7%. O índice de referenciação para consulta foi de 2,3%. 402 crianças não passaram o rastreio. 354 crianças possuiam fatores de risco para surdez.
Discussão: O programa de rastreio foi considerado efetivo e o índice de referenciação foi inferior a 4%. Os principais fatores de risco foram: muito baixo peso ao nascer, baixo índice Apgar e consumo de fármacos ototóxicos.
Conclusão: Os autores consideram importante a consciencialização dos resultados do programa de rastreio, para que este possa ser melhorado.