Bebidas energéticas: Qual a realidade na adolescência?

Authors

  • Liliana Branco Serviço de Pediatria, Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, Portugal
  • Filipa Flor-de-Lima Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar São João, Porto, Portugal
  • Carla Ferreira Serviço de Pediatria, Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, Portugal
  • Liliana Macedo Serviço de Pediatria, Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, Portugal
  • Carla Laranjeira Serviço de Pediatria, Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2017.7634

Keywords:

Adolescente, Bebidas Alcoólicas/estatística & dados numéricos, Bebidas Energéticas/estatística & dados numéricos, Inquéritos e Questionários, Saúde do Adolescente

Abstract

Introdução: Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento progressivo do consumo de bebidas energéticas (BE) nos adolescentes. No entanto, o seu consumo na população pediátrica não está recomendado. É objetivo do estudo caracterizar o padrão de consumo de BE nos adolescentes e avaliar o seu grau de conhecimento sobre este tipo de bebidas.

Métodos: Aplicação de um inquérito a adolescentes a frequentar o ensino secundário. Definiu-se consumidor de BE aquele que consumiu pelo menos uma BE no último ano.

Resultados: Incluídos 704 adolescentes, com idades entre 14 e 20 anos, 57% do sexo feminino. Admitiram ser consumidores de BE 63% da amostra, principalmente o sexo masculino. A maioria do consumo ocorreu ao fim de semana à noite, em bares/discotecas e, em menor percentagem, na prática desportiva. Obter mais energia e melhorar o desempenho físico foram os motivos de consumo mais apontados pelo sexo masculino. Mais de metade dos consumidores não referiu qualquer efeito após a sua ingestão. O consumo de outras substâncias (álcool, tabaco, drogas ilícitas) foi significativamente superior nos consumidores de BE, tendo-se verificado que 59% consomem BE com álcool, sobretudo para melhorar o sabor das bebidas alcoólicas. Os adolescentes não consumidores de BE apresentaram um maior conhecimento quanto aos malefícios do consumo, sendo as irregularidades do batimento cardíaco o mais mencionado. Conclusões: Detetou-se uma elevada ingestão de BE nos adolescentes, isolada ou associada ao álcool. Pelos seus potenciais efeitos adversos, é essencial aumentar a consciencialização sobre os riscos e implementar medidas de prevenção.

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Published

2017-05-18

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