Trombofilia hereditária - Rastreio: fazer ou não?
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2013.747Abstract
Apresenta-se o caso de dois irmãos do sexo masculino, com seis e três anos de idade, saudáveis, que foram submetidos a rastreio de trombofilia hereditária, após ter sido efectuado este diagnóstico ao pai saudável, na sequência de episódio de trombose venosa profunda. O estudo molecular destas crianças revelou trombofilia hereditária: F2 g. 20210 G/A (heterozigotia); variantes no PAI-1 (homozigotia). Este rastreio suscita debate ético atendendo às recomendações pediátricas correntes. Apesar de se considerar que o rastreio não deva ser universal, alguns autores defendem-no em crianças assintomáticas, parentes em primeiro grau de indivíduo com trombo-embolia e portador de alterações moleculares, dado que pode ser instituído tratamento profilático em caso de se reconhecer um risco elevado e haver um expectável benefício.