O Significado que a Criança com Doença Hemato-Oncológica Atribui à Experiência de Procedimentos Dolorosos
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5484Keywords:
Dor, procedimentos dolorosos, doença oncológica, criançaAbstract
A dor que acompanha a doença e os procedimentos dolorosos continua a suscitar dúvidas quanto à sua correcta avaliação.
Este artigo baseia-se num trabalho de investigação cuja estratégia metodológica assenta numa pesquisa descritiva analítica tendo como objectivo geral: identificar qual o significado que a criança com doença hemato-oncológica atribui à experiência dos procedimentos dolorosos e como objectivo de carácter mais específico: identificar a relação entre algumas variáveis (idade, experiências anteriores, regime de hospitalização, tipo de procedimento) e o significado que a criança atribui à experiência dos procedimentos dolorosos (punção venosa, punção lombar e punção de cateter central com reservatório).
Dando resposta ao objectivo de âmbito geral, conlui-se que o procedimento para o qual a criança atribui maior conotação negativa foi a punção lombar nomeadamente no que se refere à imobilização, ameaça à integridade física e, posteriormente, à dor (dimensões da variável). Relativamente ao objectivo de carácter específico, confirma-se existir correlação entre o tipo de procedimento e o significado que a criança atribui à experiência dos procedimentos dolorosos.
Verifica-se também haVer diferenças estatisticamente significativas no significado que a criança atribui à experiência dos procedimentos dolorosos em função da idade, experiências anteriores e regime de hospitalização para o procedimento punção venosa, e em função da idade e regime de hospitalização para o procedimento punção lombar. No procedimento punção do cateter central não existiram diferenças estatisticamente significativas em função das variáveis testadas.