Dilatações piélicas e caliciais de diagnóstico pré-natal: Evolução de 2 a 5 anos

Authors

  • Artur Alegria
  • Luísa Lopes
  • Teresa Costa
  • Ana Margarida Sarmento
  • Ricardo Araújo
  • Elói Pereira

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2002.5201

Keywords:

Dilatações pielocaliciais, hidronefrose, nefrouropatias congénitas

Abstract

Os autores avaliaram retrospectivamente 2 a 5 anos de evolução de 386 crianças com o diagnóstico pré-natal de dilatação piélica e/ou calicial. Compararam um grupo de crianças com dilatação referida exclusivamente ao(s) bacinete(s) (Grupo 1) com outro em que a pielectasia se acompanhou de outras alterações nefro-urológicas: caliectasia, dilatação ureteral, alterações do parênquima renal, duplicidade pielocalicial, ou alterações vesicais (Grupo 2).

Optou-se por uma vigilância conservadora (com ecografias periódicas e monitorização de infecções urinárias ) na maioria dos casos em que a ecografia pós-natal confirmou dilatação exclusivamente do(s) bacinete(s). Ponderou-se, caso acaso, a investigação invasiva adicional, consoante a evolução e o achado de outras anomalias ecográficas ou clínicas.
Na grande maioria dos casos do Grupo 1 verificou-se a resolução espontânea da dilatação: de 64% no primeiro ano a 87% até ao quinto ano. Os achados ecográficos pré-natais de dilatação calicial ou ureteral, redução do parênquima renal, duplicidade pielocalicial e alterações vesicais foram frequentemente sinais de doença nefro-urológica com significado clínico. Neste Grupo 2 constataram-se taxas significativamente mais elevadas de infecção urinária nos primeiros 2 anos de vida, persistência da dilatação pielocalicial, hipofunção renal e necessidade de tratamento cirúrgico.

Recomenda-se a vigilância das dilatações das vias urinárias de diagnóstico pré-natal, segundo um plano individualizado dependendo dos achados clínicos e ecográficos, que na maioria dos casos de pielectasia isolada poderá limitar-se à vigilância ecográfica e clínica regular. Segundo os achados identificados na nossa série, constituem sinais de alarme na ecografia pós-natal a dilatação calicial e o diâmetro antero-posterior do bacinete .114mm durante o primeiro mês de idade.

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