Utilização de Anti-Helmínticos por Crianças do Porto

Authors

  • Nuno Lunet
  • Henrique Barros

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2002.5144

Keywords:

Anti-Helmínticos, desparasitação

Abstract

A epidemiologia das parasitoses não é estritamente um problema médico relacionado com o tratamento individual mas uma questão de Saúde Pública, devido à sua elevada prevalência e ao espectro dos hospedeiros afectados. Um consumo exagerado de antiparasitários, nomeadamente de anti-helmínticos, tem consequências na economia e pode eventualmente induzir fenómenos de resistência. O objectivo deste estudo foi descrever a utilização de anti-helmínticos por crianças portuguesas com idade entre dois e três anos e identificar determinantes das práticas de tratamento.Entre Outubro de 1998 e Janeiro de 1999 foram inquiridos telefonicamente os pais de 289 crianças (proporção de participantes — 72%) com idades compreendidas entre os dois e os três anos.Além de aspectos comportamentais das crianças e de características sociais e económicas das suas famílias, foi obtida informação acerca da utilização de medicamentos anti-helmínticos. A prevalência de utilização pelo menos uma vez antes do momento da entrevista foi de 93,8% e em 65,3% das crianças o tratamento era efectuado com uma periodicidade semestral ou ainda com maior frequência. Os fármacos mebendazol, flubendazol e albendazol eram utilizados por 54,4%, 16,2% e 8,1% das crianças, respectivamente. De um modo geral, as características maternas e outros factores que podem estar relacionados com um maior risco de infestação não se associaram significativamente com os fármacos utilizados para o tratamento nem com as suas modalidades.Os resultados desta investigação documentam uma utilização generalizada de medicamentos anti-helmínticos pelas crianças e uma elevada frequência de tratamento, sendo os fármacos anti-helmínticos mais utilizados os derivados do benzimidazol.

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