Mastoidite aguda: aumento da incidência e das complicações?

Authors

  • Helena M. Silva Centro Hospitalar do Porto | Unidade Maria Pia- Serviço de Pediatria
  • Carla Zilhão Centro Hospitalar do Porto | Unidade Maria Pia- Serviço de Pediatria
  • Teresa Soares Centro Hospitalar do Porto | Unidade Maria Pia- Serviço de ORL Pediátrica
  • Miguel Coutinho Centro Hospitalar do Porto | Unidade Maria Pia- Serviço de ORL Pediátrica
  • Virgílio Senra Centro Hospitalar do Porto | Unidade Maria Pia- Serviço Pediatria
  • Margarida Guedes Centro Hospitalar do Porto | Unidade Maria Pia- Serviço Pediatria

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2013.498

Abstract

Introdução: A mastoidite aguda é a principal complicação da otite média aguda (OMA).Vários estudos recentes revelam uma incidência crescente, frequentemente com complicações associadas.

Objectivos: Descrever os casos de mastoidite aguda e detetar factores associados a uma maior morbilidade clínica.

Métodos: Revisão dos processos clínicos referentes aos internamentos por mastoidite aguda no Serviço de Pediatria, entre Janeiro de 1998 e Dezembro de 2010. Foram incluídos os casos definidos pela presença de sinais inflamatórios retroauriculares, protrusão auricular e coexistência de OMA.

Resultados: Registaram-se 59 casos, maioritariamente no ano de 2010 (18.6%). A mediana de idades foi de cinco anos. À data do internamento 36 crianças (61.0%) tinham tido o diagnóstico recente de OMA e estavam medicadas com antibiótico. Os sintomas mais frequentes foram: otalgia (61.0%) e febre (42.4%). A maioria melhorou com tratamento conservador, com excepção das crianças com mastoidite complicada: 13 casos, a maior parte em 2010 (cinco crianças). As complicações ocorridas associaram-se a uma maior contagem de leucócitos e proteína C reactiva mais elevada na admissão, mas não se associaram a outros factores de risco considerados.

Conclusão: A ocorrência de uma maior percentagem de mastoidites em 2010, associado a complicações, não confirma, por si só, a tendência ao aumento de complicações. A ausência de identificação de factores de risco individuais e/ ou clínicos torna esta avaliação mais difícil de interpretar. Serão necessários estudos prospectivos para avaliar se se está a verificar uma mudança na epidemiologia desta patologia.

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Published

2013-09-09

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