Púrpura Trombocitopénica Imune? A Propósito de Dois Casos Clínicos.
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2004.4932Abstract
A Púrpura Trombocitopénica Imune (PTI) continua a ser uma doença rodeada de controvérsias em termos de diagnóstico, tratamento e seguimento. Continuam não disponíveis exames laboratoriais específicos que indiquem o carácter auto-imune e periférico da destruição plaquetária. O diagnóstico baseia-se na história, no exame objectivo, nos resultados do hemograma e na observação do esfregaço sanguíneo.
O exame de medula óssea continua, contudo, a ser prática clínica antes da introdução de corticoterapia, tendo como objectivo excluir a possibilidade de leucose como causa da trombocitopenia.
Outro diagnóstico diferencial a ter era conta, sobretudo se na presença de achados atípicos de PTI, é o de Aplasia Medular (AM), cuja conclusão definitiva se obtém através da análise da biópsia de medula óssea.
A propósito desta patologia, os autores descrevem dois casos clínicos que numa abordagem inicial foram interpretados como PTI.
Discutem-se aspectos quantitativos e qualitativos do estudo hematológico periférico que poderão ser indiciantes de AM e dessa forma alertar para a necessidade de realização de aspirado e biópsia de medula óssea.
Em relação a cada caso descreve-se o tipo de abordagem para esclarecimento da etiologia e do contexto da AM, as diferentes evoluções da mesma doença e as respectivas alternativas terapêuticas.
Palavras-chave: Púrpura Trombocitopénica Imune, Aplasia Medular. Biópsia de Medula Óssea, Criança.