Estágio de Oncologia Pediátrica: pilar fundamental para a formação do Pediatra
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2006.4782Abstract
Resumo
A importância da formação em Oncologia Pediátrica durante o Internato Complementar é indiscutível. O cancro é actualmente a segunda causa de morte após os dois anos de vida. A referenciação atempada permite a melhoria do prognóstico, tanto vital como funcional. No entanto, numerosos doentes são ainda referenciados tardiamente em muitas áreas oncológicas.
A formação em Oncologia Pediátrica, por razões estruturais e organizativas, é dificilmente realizada em Portugal durante a frequência de outros estágios, tais como de Pediatria Geral.
È igualmente de referir que a Oncologia Pediátrica tem áreas específicas que contribuem para melhorar a abordagem global do Pediatra Geral tais como o contacto com doentes terminais, a pesquisa incessante de medicina baseada na evidência, a polifarmacologia, a infecção no doente imunocomprometido, a nutrição, os distúrbios electrolíticos, a abordagem da dor, a gestão do doente complexo fora do contexto de cuidados intensivos, os efeitos a longo prazo da terapêutica e a qualidade de vida da criança.
Se no Internato for dada prioridade absoluta à vertente de formação tendo os estágios objectivos claros e a serem respeitados, é indiscutível que a Oncologia Pediátrica é um estágio fundamental para a formação no Interno Complementar, não só para evitar um retrocesso na Saúde Pública mas também para complementar e aprofundar a formação de Pediatria Geral.