Infecções urinárias diagnosticadas num Serviço de Urgência: dados microbiológicos e implicações na terapêutica e profilaxia
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2006.4736Abstract
Introdução: A terapêutica antibiótica nas infecções urinárias (IU) é iniciada de modo empírico, tendo em conta as bactérias mais frequentemente isoladas e as respectivas susceptibilidades aos antibióticos. A vigilância institucional contínua é indispensável para que as propostas terapêuticas iniciais possam ter maior probabilidade de eficácia.
Objectivo: Analisar a susceptibilidade das bactérias responsáveis por IU diagnosticadas no nosso Serviço de Urgência (SU).
Material e Métodos: Análise retrospectiva das bactérias isoladas nas IU diagnosticadas no SU em 2003 e 2004 e respectivos antibiogramas.
Resultados: Os germens mais frequentemente isolados foram E. coli (550 casos, 72%), P. mirabilis (115, 15%) e E. faecalis (42, 5.5%). Os dados microbiológicos revelam que a susceptibilidade das duas bactérias mais frequentes (E. coli e P. mirabilis) é muito boa e em valores equivalentes (97 e 98%) para o cefuroxime e para a associação amoxicilina com ácido clavulânico.
Conclusão: O cefuroxime e a amoxicilina com ácido clavulânico são, na nossa experiência, os melhores antibióticos para a terapêutica empírica das IU. A eficácia dos fármacos habitualmente usados na profilaxia pode não ter a eficácia pretendida.