Fenotipos de sibilância em idade pré-escolar. Factores de risco para persistência, orientações para o diagnóstico e utilidade clínica

Authors

  • Isabel Sampaio
  • Carolina Constant
  • Ricardo M. Fernandes
  • Teresa Bandeira
  • José Costa Trindade

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2010.4328

Abstract

A asma e a sibilância recorrente, nas suas diferentes expressões fenotípicas, estão entre as patologias mais comuns em idade escolar, mas também entre as mais difíceis de abordar pela escassez de sintomatologia, que pode traduzir diferentes diagnósticos e sobretudo diferentes prognósticos. Nas últimas décadas assistiu- se a uma grande evolução do conhecimento, resultado em grande parte de estudos longitudinais, como o de Tucson, que permitiram a separação de diferentes fenotipos de sibilância e a melhor compreensão dos diversos factores envolvidos: genéticos, ambientais e de desenvolvimento pulmonar e das vias aéreas. Apesar da melhor caracterização fenotípica, a abordagem diagnóstica e terapêutica da sibilância em idade pré-escolar mantém-se difícil, sobretudo na aplicação individual do conhecimento. Trata-se duma entidade heterogénea, cujo prognóstico a longo prazo varia desde a recuperação total, na maior parte dos casos, até ao diagnóstico de asma ou perturbação irreversível da função pulmonar. Neste artigo revêem-se a epidemiologia da sibilância em idade pré-escolar, os fenotipos mais frequentemente utilizados e factores de risco, e enuncia-se a problemática da abordagem diagnóstica no doente individual. Neste grupo etário, a sibilância recorrente ou persistente associada a atopia e com evolução para asma e a sibilância precoce, transitória associada a infecções virais, são as formas mais frequentes de apresentação e esta é a classificação fenotípica que parece emergir com maior relevância na orientação terapêutica e prognóstica.

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