Adenomegalia axilar volumosa, o que fazer?

Authors

  • Juliana Oliveira
  • Alexandra Fernandes
  • Cláudia Aguiar
  • Alexandra Pinto
  • Isabel Mendes
  • Maria José Dinis

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2015.3511

Keywords:

Doença da arranhadura do gato, Bartonella henselae

Abstract

Adolescente de 16 anos, sexo feminino, saudável, avaliada por adenomegalia axilar e epitroclear, à esquerda, com 7 dias de evolução, e com tratamento prévio com ibuprofeno. Sem história de viagens recentes e sem conviventes doentes. Possuía um cão e um gato (negava arranhadura de gato). No exame físico apresentava adenomegalia axilar esquerda, 5cm de maior diâmetro, adenomegalia epitroclear à esquerda, 1cm, ambas de dolorosas e móveis, e lesões cicatriciais nos antebraços de arranhaduras de gato. Efectuou estudo analítico e radiografia torácica sem alterações, e foi pedida serologia para Bartonella hemselae. Teve alta medicada com azitromicina.

Verificou-se regressão das adenomegalias e a serologia (IgM positiva), confirmou o diagnóstico de Doença da Arranhadura do gato.

O agente etiológico desta patologia é a Bartonella henselae, sendo a transmissão efectuada através de gatos jovens e afecta principalmente crianças e adultos jovens. Trata-se da principal causa de linfadenopatia crónica, habitualmente localizada e axilar, e pode surgir entre 5 dias a 2 meses após a inoculação cutânea. O diagnóstico é estabelecido pela clínica, exposição a gatos e serologia/PCR para o agente etiológico. Pode adoptar-se uma atitude expectante, dado tratar-se de uma situação auto-limitada, ou instituir antibioterapia, para uma resolução mais rápida e diminuição das complicações.

 

 

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Published

2015-01-23

Issue

Section

Images in Pediatrics

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