Diabetes, adolescência e qualidade de vida

Authors

  • Rita S. Oliveira Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Portugal
  • Sónia Santos Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Portugal
  • Gabriela Laranjo Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Portugal
  • Assunção Luís Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Portugal
  • Joana Campos Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2013.3333

Abstract

Introdução: A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM 1) é uma patologia crónica multissistémica que exige um tratamento exigente, cuja não adesão acarreta um aumento do risco de complicações. Historicamente, os estudos sobre a doença focaram o controlo metabólico como o principal indicador da qualidade dos cuidados de saúde prestados; na actualidade, a auto-percepção da doença é igualmente um factor determinante para a avaliação dessa qualidade. Múltiplas ferramentas têm sido desenvolvidas; para a população adolescente em particular, está preconizada a utilização do Diabetes Quality of Life (DQOL), um questionário de escolha múltipla e resposta fechada que se encontra padronizado para a população portuguesa.

Objectivos: Avaliar a qualidade de vida de uma amostra de adolescentes com DM 1 seguidos em Consulta Externa de Diabetologia Pediátrica.

Material e métodos: Aplicação do questionário DQOL aos adolescentes com DM 1 com idade compreendida entre os 12 e os 19 anos seguidos na Consulta de Diabetologia Pediátrica. O controlo metabólico foi avaliado através dos valores médios de hemoglobina glicosilada obtidos durante o ano precedente.

Resultados: De uma amostra total de 30 adolescentes, 17 (57%) pertenciam ao sexo feminino; a média de idades foi de 15,2 anos. A duração da doença variou entre os 0 e os 15 anos com uma média de 6,3 anos. O valor médio de hemoglobina glicosilada variou entre 5,5% e 10,9%, com média de 8,66%. Quando realizada a análise estatística das diferentes variáveis, observamos que existe relação significativa entre o score da subescala Impacto do DQOL e o valor médio da hemoglobina glicosilada (p=0,05), o mesmo não se verificando com as outras sub-escalas (preocupação, satisfação). As restantes variáveis, nomeadamente os anos de duração da doença e o sexo, não tiveram associação com os valores do DQOL.

Conclusões: O controlo metabólico e a qualidade de vida são dois aspectos importantes da abordagem do adolescente diabético. Nos adolescentes com melhor controlo metabólico, a doença tem um menor impacto nas actividades da vida diária.

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