Dor pediátrica em Portugal: resultados da sensibilização e formação

Authors

  • Luís Manuel Cunha Batalha Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
  • Luísa Paula Santos Costa Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE – Hospital Pediátrico de Coimbra
  • Gina Maria Rodrigues Reis Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE – Hospital Pediátrico de Coimbra
  • Florinda Maria Reis Cerol Jacinto Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE, Portimão
  • Rosa Machado Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE, Covilhã
  • Paulo Miguel Gomes Santos Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE - Unidade Hospitalar de Vila Real

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2014.2723

Abstract

Introdução: A sensibilização e formação dos profissionais de saúde na área da dor foi desde 2001 uma opção estratégica nacional, mas desconhece-se o seu impacto nos cuidados. O objetivo foi avaliar o impacto de ações de sensibilização e formação realizadas ao longo de dez anos nos cuidados prestados pelos enfermeiros à criança hospitalizada na área da dor.

Materiais e métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal com consulta retrospetiva de registos num período de 24 horas, efetuados pelos enfermeiros no processo clínico de crianças até aos 18 anos.

Resultados: Dos 830 processos clínicos analisados, a história de dor foi registada em 47,8%, sendo bem elaborada e realizada nas primeiras 24 horas de internamento. Em oito horas o registo da avaliação da intensidade da dor foi de 36,7%. A escolha da escala de dor foi adequada em 59,3% das situações. Cerca de 79,9% das crianças não manifestou ou tinha uma dor ligeira 12,5%. Houve um bom controlo da dor em 92,5% dos casos analisados. Em cerca de 42,2% dos casos houve registo de intervenções farmacológicas e em 15,8% de intervenções não-farmacológicas.

Discussão: Os cuidados melhoraram na última década, mas refletem ainda lacunas ao nível da informação colhida na história de dor, avaliação da intensidade da dor e na tomada de decisão para uma prescrição de intervenções criteriosa em função da avaliação da dor.

Conclusão: O investimento feito na última década na sensibilização e formação dos profissionais de saúde, revelou ser uma opção estratégica acertada face aos progressos verificados no bom controlo da dor.

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Published

2014-06-26

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