Função respiratória, hiperreactividade brônquica e asma na evolução de bronquiolite aguda. Estratégias e avaliação da resposta no recrutamento

Authors

  • Ana Saianda Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE - Hospital de Santa Maria
  • Sara Aguilar
  • Sandra Lobo
  • Raquel Gouveia
  • Filipa Negreiro
  • Tiago Silva
  • Teresa Bandeira

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2013.1029

Abstract

O estudo “Função respiratória, hiperreactividade brônquica e asma na evolução de bronquiolite aguda” é um estudo caso-controlo aninhado numa coorte retrospectiva cujo objectivo é identificar, em idade pré-escolar, marcadores de risco de evolução para doença reactiva das vias aéreas nas crianças expostas precocemente a bronquiolite aguda (BA) com internamento.

Neste tipo de estudo a adequação do recrutamento ao tamanho da amostra pretendido é central à validade do estudo. Este estudo foca a estratégia de recrutamento, seus resultados e comparação das características dos participantes e não-participantes, expondo dificuldades encontradas e evidenciando ponteciais formas de as minimizar.

A coorte incluiu crianças previamente internadas por primeiro episódio de BA (eBA) e o grupo controlo foi obtido a partir das crianças nascidas no mesmo hospital, emparelhadas para a idade.

O recrutamento baseou-se numa estratégia multi-modal: envio de cartas e telefonemas. Calcularam-se as proporções de resposta, contacto, cooperação, eficácia do recrutamento e taxa de participação.

Na coorte seleccionada os participantes e não participantes foram comparados relativamente ao eBA.

Foi possível contactar 45% das famílias potencialmente elegíveis (n=196) para a coorte e 34% (n=156) das constantes na listagem obtida dos recém-nascidos internados no Puerpério (n=455). Concordaram participar na coorte 71 crianças/famílias. Destes, 50 tinham história positiva para sibilância pós-bronquiolite e constituíram o grupo caso. Foram obtidos 34 controlos. A proporção de resposta foi 37% nas crianças da coorte e 9% nas crianças do grupo controlo; a proporção de cooperação foi 85% na coorte e de 42% no grupo controlo.

A idade no eBA foi inferior entre os participantes no estudo, com diferença estatisticamente significativa relativamente aos não participantes (p=0,023).

O recrutamento de crianças doentes e saudáveis para estudos científicos implica grande disponibilidade e recursos. É imperativo o desenvolvimento de estratégias metodológicas adaptadas à culturalidade própria do país que potencialmente possam ultrapassar as dificuldades encontradas.

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Ana Saianda, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE - Hospital de Santa Maria

Pediatria

Published

2013-10-19

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