Tratamento endovascular da hipertensão arterial renovascular em idade pediátrica

Authors

  • Alberto Berenguer Hospital Dr. Nélio Mendonça - Funchal Serviço de Pediatria
  • Marta Contreiras Hospital Beatriz Ângelo Serviço de Pediatria
  • Carolina Constant Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE Departamento de Pediatria do Hospital Santa Maria Serviço de Pediatria do Hospital de Santa Maria
  • Nuno Carvalho Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE Hospital de anta Cruz Serviço de Cardiologia Pediátrica
  • Rui Anjos Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE Hospital de anta Cruz Serviço de Cardiologia Pediátrica

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2012.1028

Abstract

Introdução: A hipertensão renovascular constitui uma causa rara de hipertensão arterial na criança. A publicação dos resultados das intervenções percutâneas endovasculares em crianças com hipertensão arterial é escassa. Os autores tiveram como objetivo avaliar a eficácia e a segurança do tratamento endovascular da hipertensão renovascular em idade pediátrica.

Metodologia: Estudo retrospetivo, unicêntrico, de doentes com idade inferior a 18 anos, com hipertensão renovascular, submetidos a tratamento endovascular entre 1997 e 2011. Foram incluídos transplantados renais e portadores de doenças sistémicas.

Resultados: Foram tratados sete doentes. A média de idade foi de oito anos. Todos apresentavam hipertensão arterial grave sob terapêutica farmacológica múltipla. Clinicamente, apresentaram-se com cefaleias (n=3), agravamento de hipertensão arterial conhecida (n=1) ou assintomáticos (n=3). A angiografia renal confirmou estenose artéria renal unilateral em seis doentes e bilateral num caso. Três doentes apresentaram alterações compatíveis com displasia fibromuscular. Os restantes tinham patologia sistémica associada: arterite de Takayasu (n=1), neurofibromatose (n=2) e cistinose nefropática (n=1). Foram efetuadas treze intervenções percutâneas endovasculares. A mediana do follow-up foi de 26 meses. Três doentes ficaram normotensos e dois apresentaram melhoria da hipertensão arterial. O tratamento foi ineficaz em dois doentes, ambos com patologia sistémica associada e com necessidade de nefrectomia no follow-up. Não ocorreram complicações major ou mortalidade relacionada com o procedimento.

Conclusões: A angioplastia percutânea constituiu uma técnica segura e uma boa opção terapêutica, de primeira linha, em particular nos casos estenose da artéria renal por displasia fibromuscular. Nas situações secundárias a doença sistémica os resultados são variáveis dependendo da etiologia e gravidade da situação.

Palavras chave: Hipertensão renovascular, tratamento endovascular, criança

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Author Biographies

Alberto Berenguer, Hospital Dr. Nélio Mendonça - Funchal Serviço de Pediatria

Servço de Pediatria do Hospital Dr. Nélio Mendoça

Serviço de Pediatria

Marta Contreiras, Hospital Beatriz Ângelo Serviço de Pediatria

Hospital Beatriz Ângelo
Serviço de Pediatria

Carolina Constant, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE Departamento de Pediatria do Hospital Santa Maria Serviço de Pediatria do Hospital de Santa Maria

Nuno Carvalho, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE Hospital de anta Cruz Serviço de Cardiologia Pediátrica

Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE
Hospital de anta Cruz
Serviço de Cardiologia Pediátrica

Rui Anjos, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE Hospital de anta Cruz Serviço de Cardiologia Pediátrica

Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE
Hospital de anta Cruz
Serviço de Cardiologia Pediátrica

Published

2013-05-22

Issue

Section

Séries de casos

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