Exposição Tabágica e Doença Aguda na Criança

Authors

  • Rita Espírito Santo Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,Centro Académico de Medicina de Lisboa
  • Rosa Martins Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,Centro Académico de Medicina de Lisboa
  • Cátia Pereira Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,Centro Académico de Medicina de Lisboa
  • Catarina Salgado Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,Centro Académico de Medicina de Lisboa
  • Gabriela Sá Serviço de Urgência Pediátrica,Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,Centro Académico de Medicina de Lisboa
  • Maria do Céu Machado Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria - CHLN,Centro Académico de Medicina de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2017.7652

Keywords:

Criança, Doença Aguda, Efeitos Tardios da Exposição Pré-Natal, Exposição Ambiental, Inquéritos e Questionários, Portugal, Serviço Hospitalar de Emergência/utilização, Poluição por Fumo de Tabaco

Abstract

Introdução:

As crianças são particularmente susceptíveis aos efeitos nefastos da inalação do fumo do tabaco. A exposição pré-natal e pós-natal determina diminuição da função pulmonar e alterações imunológicas, com o consequente aumento da incidência de infecções. O objetivo deste estudo consistiu em analisar o impacto da exposição ao tabaco como fator de risco para doença aguda na criança.

Métodos:

Estudo descritivo e transversal com aplicação de um questionário a pais de crianças até aos seis anos de idade, que recorreram ao Serviço de Urgência de Pediatria (SUPed) entre Fevereiro e Junho de 2013. Foram analisados hábitos tabágicos dos coabitantes, antecedentes pessoais, diagnóstico atual da criança, número de episódios anteriores de recorrência ao SUPed e a gravidade do episódio atual.

Resultados:

A amostra foi constituída por 257 crianças com uma idade mediana de 19 meses, sendo que 58,4% era exposta ao fumo do tabaco. Constatou-se que as crianças expostas ao fumo recorriam mais ao SUPed que as não expostas, com uma média de episódios por ano de 9,3 e 4,5 respectivamente (p=0,001). Esta relação é independente do número de coabitantes fumadores, da carga tabágica ou do local onde os pais fumam.

Conclusão:

A exposição ao tabaco constitui um importante factor de risco de morbilidade infantil, com um consumo excessivo dos recursos de saúde. Os profissionais de saúde têm um papel privilegiado na prevenção da doença, sendo essencial um maior investimento na promoção de um ambiente livre de fumo do tabaco.

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Published

2017-03-28

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