Um Perímetro da Cintura, Diferentes Percentis: Que Curvas Usar nos Adolescentes Portugueses com Excesso de Peso?

Authors

  • Carla Pina USF Cuidar
  • Fernando Charrão USF La Salette
  • Teresa Rodrigues Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
  • Helena Fonseca Hospital de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2016.6549

Keywords:

Adolescente, Perímetro da Cintura, Doenças Cardiovasculares/prevenção e controlo, Índice de Massa Corporal, Obesidade Pediátrica, Obesidade Abdominal

Abstract

Introdução: O percentil do perímetro da cintura é um dos indicadores da constelação que define a síndrome metabólica. Pretende-se avaliar o impacto da utilização das curvas de percentis específicas para a idade e sexo, desenvolvidas a partir de dados de crianças e adolescentes portugueses, comparativamente às curvas de referência habitualmente adotadas, na determinação do percentil do perímetro da cintura numa amostra de adolescentes portugueses acompanhados em consulta de obesidade pediátrica.

Métodos: Estudo transversal, realizado na consulta de obesidade pediátrica de um hospital universitário de nível III. Os dados recolhidos do processo clínico à data da primeira consulta incluíram idade, sexo, peso, altura, perímetro da cintura e estádio de desenvolvimento pubertário. Aplicou-se a extensão de Freeman e Halton do teste exato de Fisher para tabelas de dimensões superiores a 2 x 2, linear-by-linear e Mann-Whitney U. Na inferência considerou-se o nível de significância de 5%.

Resultados: Utilizando as curvas de percentis desenvolvidas a partir de dados nacionais foram identificados 97,7% adolescentes (n = 293) com percentil de ordem superior a 90 para o perímetro da cintura, enquanto as curvas de referência identificaram 84% (n = 252), diferença estatisticamente significativa.

Discussão: Os resultados obtidos vão de encontro ao defendido por outros autores, que consideram importante a utilização de valores de referência de percentil do perímetro da cintura, ajustados à população em estudo. Valores de corte mais adequadospermitem fazer um rastreio mais correto do risco cardiovascular, implementar um sistema de vigilância que conduza a intervenções no estilo de vida cada vez mais precoces e diminuir a probabilidade de adolescentes em risco serem excluídos de programas de intervenção terapêutica.

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Author Biographies

Carla Pina, USF Cuidar

Interna de Formação Especifica em Medicina Geral e Familiar. USF Cuidar. ACes entre Douro e Vouga I- Feira/Arouca

Fernando Charrão, USF La Salette

Médico Especialista de Medicina Geral e Familiar, USF La Salette. ACeS Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte

Teresa Rodrigues, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Laboratório de Biomatemática, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. 

Helena Fonseca, Hospital de Santa Maria

Consulta de Obesidade Pediátrica, Departamento de Pediatria, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte.

Published

2016-07-29

Issue

Section

Original articles