A origem das espécies de exames complementares por selecção natural

Authors

  • Henrique Carmona da Mota

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2012.629

Abstract

A imagem duma transiluminação (APP Maio-Jun 2011, pg 111) recordou-me o que ia pensando ao ouvir a palestra do Rui Faria Pais - TÉCNICAS DIFERENCIADAS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM NEUROPEDIATRIA, no último Congresso de Pediatria.

Pensei então que a ressonância magnética nuclear era a versão magnética nuclear da ecografia – a imagem obtida pelo eco de um fluxo de ondas - ultra-sónicas / magnéticas - polarizadas num corpo.

E que a ecografia era a versão ultra-sónica e silenciosa da percussão, hoje quase desaparecida, quase tanto quanto o diálogo – ondas sonoras também quase sem uso e sem eco.

O mecanismo da visão é semelhante - percebemos imagens pela luz reflectida na superfície de corpos iluminados por uma fonte extrínseca; quando fazermos incidir intencionalmente a  luz – na endoscopia ou mais simplesmente ao tirar o melhor partido da luz ambiente quando tentamos ver a orofaringe ou a cor das escleróticas – aproximamo-nos ainda mais do modelo anterior.

Por sua vez, a tomografia axial computorizada é a versão computorizada e tridimensional da radiografia – a imagem das sombras que raios X produzem ao atravessar tecidos. A transiluminação é o seu antecessor como também da oximetria transcutânea. Os antigos olhavam para a pele e para as orelhas dos doentes para, de modo semelhante, estimar o valor da hemoglobina.

Tal como nos ensinou Hugling Jackson, na evolução do sistema nervoso central as novas estruturas não substituem as antigas antes as integram e complementam, assim será de esperar dos novos exames complementares. A ontogenia a recapitular a filogenia.

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