Policitemia Neonatal: Pode ser Prevenida?

Authors

  • Arménia Oliveira
  • Hercília Guimarães
  • Conceição D'Orey
  • Mário Mateus
  • Gorett Silva
  • Agostinha Souto
  • Norberto Teixeira Santos

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.1996.5838

Keywords:

Policitemia, recém-nascido, unidades de cuidados intensivos neonatais

Abstract

A policitemia é um diagnóstico relativamente comum nas unidades de cuidados intensivos neonatais.

Uma vez diagnosticada, todos os esforços devem ser realizados no sentido de identificar a sua etiologia.

O objectivo do nosso trabalho foi o de avaliar a incidência, as causas, as manifestações clínicas e complicações associadas, bem como as indicações para realização de exsanguineo-transfusão parcial na UCIN.

Estudámos 35 recém-nascidos (18 do sexo masculino, 17 do sexo feminino, com peso médio ao nascimento de 2472 ± 831 g e idade gestacional média de 37 ± 0,4 semanas), hospitalizados entre 1 de Janeiro 1993 e 31 de Dezembro 1994.
Foi aceite como definição de policitemia a presença de um hematócrito central (venoso ou arterial), igual ou superior a 65%.

A incidência de policitemia na nossa UCIN foi 3%. Foi possível identificar a sua etiologia em 24 (69%) recém-nascidos: atraso de crescimento intra-uterino -7; hipertensão arterial -5; diabetes -5; atraso na laqueação do cordão -3; transfusão feto - fetal -2; anomalias congénitas -2.

Vinte e dois (63%) recém-nascidos apresentaram sinais.

A exsanguíneo-transfusão foi efectuada em 30 (86%) recém-nascidos.

A policitemia poderá ser prevenida desde que as suas principais causas, nomeadamente a hipertensão e a diabetes sejam controladas.

O atraso na laqueação do cordão, outro factor etiológico, pode ser evitado com o nascimento dos recém-nascidos em maternidades.

Em 11(31%) não foi identificada a sua etiologia, o que não permite a prevenção em todos os casos.

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