Resultados Preliminares (ta Ventilação de Alta Frequência na Unidade de Neonatologia do Hospital São Francisco Xavier
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.1998.5644Keywords:
Recém-nascido pré-termo, risco biológico, doença de membrana hialina, ventilação de alta frequência.Abstract
No Hospital São Francisco Xavier foram ventilados durante o ano de 1996 (Janeiro 1996 a Dezembro 1996), sob o protocolo de ventilação de alta frequência (VAF) 17 recém-nascidos que cumpriram os critérios pré-estabelecidos para admissão no estudo.
Estes critérios foram os seguintes: 1) critérios de idade ou peso: recém-nascidos com menos de 1500 gramas ou 31 semanas de idade gestacional com necessidade de ventilação mecânica exigindo Fi02 de 30% e frequência respiratória do ventilador maior que 10 ciclos minuto: 2) critérios clínicos: Silverman maior ou igual a 7: 3) critérios laboratoriais: PaCo2 maior de 60 mmHg e Pa02 menor de 50 mmHg ou saturação transcutânea, menor de 80% com FiO2 maior de 21% e, ou pH menor de 7.25: 4) critérios clínicos major: presença de síndroma de rotura de vias aéreas (air leak) ou enfisema intersticial. Excluiu-se a apneia de causa central com repercussão sistémica. Deu-se preferência ao nascimento no Hospital São Francisco Xavier.
Utilizaram-se parâmetros de avaliação às 12, 48, 120 e 240 horas de vida de F102, PAM, Índice de oxigenação, défice de bases.
Registou-se o peso, idade gestacional, sexo, tipo de parto e local, NTISS e CRIB à entrada, grau de gravidade de doença de membrana hialina (critério radiográfico) e ecografia transfontanelar. Avaliou-se o tempo de ventilação global, VAF, ventilação convencional, CPAP, mudanças de método de ventilação e critérios de displasia broncopulmonar.
A VAF foi aplicada precocemente (<6 H de vida) a uma população de RN de muito baixo peso dos quais 41% tinham peso inferior a 1000 gramas. Os RN, em média estiveram sob vaf 5 +/- 4 dias a que se seguiram 16 +/- 14 dias de ventilação convencional, no global 24 +/- 21 dias de FiO2 maior de 21%.
O índice de oxigenação é um critério de gravidade do quadro e da necessidade ventilatória. Os óbitos parecem ter sido influenciados pelo não uso de dexametasona e, ou surfactante. 100% dos sobreviventes estavam a respirar ar ambiente às 36 semanas de idade corrigida, ainda que aos 28 dias de vida 23% tivessem critérios de DBP. Dos 13 recém-nascidos sobreviventes 15% dos RN tiveram hemorragia intraventricular. Os valores encontrados pela escala de Brazy e teste de Griphits mostraram que o grau de lesão se situou no moderado risco da primeira e de um bom prognóstico a curto e médio prazo da segunda.
Os resultados deste estudo são favoráveis a que se prossiga com VAF.