Tuberculose Perinatal. Caso Clínico

Authors

  • Leonor Carvalho
  • Manuel Cunha
  • Fátima Negrão
  • Gabriela Mimoso
  • Carlos Lemos
  • Conceição Ramos

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.1998.5592

Keywords:

Tuberculose, Perinatal, Prematuridade

Abstract

Em Portugal, a tuberculose continua a ser um importante problema de saúde pública.

Em determinadas circunstâncias, a doença assume uma gravidade particular. Referimo-nos aqui ao período neonatal e ao recémnascido prematuro, com o seguinte caso clínico:

Recém-nascido, prematuro de 27 semanas de gestação, com pais jovens e saudáveis. A mãe (IG, IP), iniciara febre 4 dias antes do parto. Este foi eutócico e o recém-nascido pesava 1150 g e não necessitou de reanimação. 
À mãe, foi diagnosticada tuberculose miliar não bacilífera, cinco semanas depois do parto.

O recém-nascido esteve bem até ao 28.° dia, iniciando então deterioração do estado geral, com necessidade de ventilação -assistida ao 41.° dia. A radiografia do tórax e o exame bacteriológico das secreções bronco-pulmonares confirmaram tuberculose.

Com a terapêutica específica que cumpriu durante 9 meses houve boa evolução clínico-radiológica. Na última avaliação aos 23 meses de idade o exame era normal.

Discutem-se possíveis vias de transmissão da doença neste caso de tuberculose perinatal, admitindo-se como mais provável, a inalação de líquido amniótico contaminado, durante o trabalho de parto.

Destaca-se a raridade da situação e a evolução verificada.

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