Aleitamento Materno: A Prática Hospitalar e o Sucesso das Medidas de Implementação do Aleitamento Maternoaté aos 6 Meses de Vida
DOI:
https://doi.org/10.25754/pjp.2004.5014Keywords:
Aleitamento materno, prevalênciaAbstract
Os autores efectuaram estudo prospectivo com os objectivos de: avaliar a eficácia de práticas/atitudes de suporte do aleitamento materno durante o puerpério, na prevalência da amamentação no I°, 3° e 6° mês de vida e comparar os resultados com os obtidos num estudo similar, efectuado em 1995, antes da implementação das atitudes referidas.
Este estudo envolveu 145 díadas mães-filho e baseou-se num inquérito realizado às puérperas após o parto na Maternidade do Hospital de Santa Maria.
Amamentaram durante mais tempo as primíparas, as mães com curso médio de escolaridade e as que não tinham recebido suplementos durante o internamento; resultados estes consistentes com os do estudo previamente efectuado.
O tempo que decorreu entre o parto e a I' mamada ao peito foi injustificadamente prolongado: 2,9h para partos eutócicos, 5,6h para forceps e ventosas (inferior à média anterior) e 14,7h para cesarianas (superior à média anterior). A percentagem de suplementação manteve-se elevada (52,1%).
A prevalência do aleitamento materno no 1° mês de vida foi de 84,8%; 62,7% aos 3 meses e 35,2% aos 6 meses, números muito superiores aos obtidos em 1995 (61,5% - 33,6% - 4,8% respectivamente).
Constatámos um aumento de cerca de um mês no tempo médio global do aleitamento materno.
Os autores discutem a necessidade de reduzir a percentagem de suplementação e a implementação de atitudes de suporte do aleitamento materno principalmente ao nível dos Cuidados de Saúde Primários.