Seis meses para toda a vida

Authors

  • Elisabeth Fodor
  • María del Carmen García-Castellón
  • Montserrat Morán

DOI:

https://doi.org/10.25754/pjp.2008.4579

Abstract

Há cerca de oitocentos anos, o Sacro Império Romano tinha à frente do seu destino o Imperador Frederico II, um homem curioso, com espírito científico e que emprestou o nome a uma Universidade de Nápoles. Se bem que muito ocupado com estratégias e lutas militares e ideológicas, ainda encontrou tempo para se dedicar à investigação científica. Curioso, quis saber que linguagem adquiriria o ser humano se nunca ouvisse falar. Os métodos da investigação foram simples e claros: retirou das famílias uns quantos recém-nascidos e recomendou que se deveria fornecer-lhes apenas o suporte básico da vida: comer, beber e cuidados mínimos de higiene. De resto nada de mais nada. Que aprendeu? Nada do que esperava: as crianças morreram todas. Um crítico da época concluiu que o trabalho do Imperador foi em vão pois ninguém sobrevive sem mimos. Algo idêntico passou-se (pas sa-se) no fim do século passado, na ex-Jugoslávia, em orfanatos em que as crianças pouco mais que vegetavam. Tomografias cerebrais obtidas por emissão de positrões revelaram múltiplas áreas hipofuncionais, irreversivelmente afectadas.

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Issue

Section

Crítica